EBD: Lição 7–Os Dons de Poder (15 de maio de 2011)
TEXTO ÁUREO: “E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia” (At 8. 6).
VERDADE PRÁTICA: Através da operação de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo, o Senhor Jesus confirma a ação evangelizadora e missionária da Igreja no mundo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 8. 5-8; 1Coríntios 14. 4-10
Nesta lição estudaremos a respeito dos dons espirituais de poder. Reproduzimos o posta do querido Luciano de Paula, citando abaixo do post.
Aqui, a palavra poder significa autoridade. Portanto, quando a Bíblia nos diz que o Senhor nos deu poder, significa que ele nos conferiu autoridade. Assim sendo, os dons de poder são aqueles que mostram a soberania de Deus, a sua onipotência, a sua autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano, sobre os demônios. Eles são concedidos pelo Espírito Santo à igreja a fim de auxiliá-la na propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. Também, através dos mesmos a soberania de Deus sobre todas as coisas e a Sua presença no meio da igreja são confirmadas. Jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal. Esses dons são: fé, dons de curar, operação de maravilhas.
I. O DOM DA FÉ
“A outro, no mesmo Espírito, a fé” (1Co 12:9). O dom da fé trata de uma confiança extraordinária, especial, que faz com que pessoas tenham uma crença pontual além dos limites do imaginável e que, mediante esta confiança, realizem coisas que estão além do alcance da imaginação humana. Temos sempre ouvido ações e gestos de servos do Senhor que, tomados pelo Espírito com uma fé excepcional, agem de acordo com a vontade de Deus e servem para a sua glorificação. Esse dom só se manifesta quando surge uma necessidade. Assim, por exemplo, agiu Paulo no navio que o levava a Roma, ao usar de autoridade para impedir que algum mal se fizesse aos presos e, assim, sendo um simples prisioneiro, dirigir e comandar a própria salvação de todos os que ali estavam (At 27:30-36). Esta fé é apenas daqueles salvos que são aquinhoados pelo Espírito Santo com este dom e devem exercê-lo sempre em vista do consolo, admoestação e conforto da Igreja. Também, a sua manifestação objetiva o crescimento, desenvolvimento e expansão do Reino de Deus.
O dom da fé é visto na operação da cura do coxo na porta do Templo, registrada em Atos 3. Pedro teve a fé milagrosa para ordenar ao coxo que levantasse e andasse em nome de Jesus. O profeta Elias tinha o dom da fé segundo o relato de 2Reis 1:10-12(O fogo do céu consome 100 homens).
EXPLICANDO O QUE É FÉ SALVADORA, FÉ NATURAL E FÉ ATIVA
A FÉ SALVADORA. É a crença de que Jesus é o único e suficiente Senhor e Salvador de nossas vidas. Quando alguém dá crédito à pregação do Evangelho, considera-se um pecador e se arrepende dos pecados e crê que Jesus pode perdoá-lo e se submete à vontade de Deus, crendo que Jesus pode dar-lhe a vida eterna e levá-lo ao céu, age com a “fé salvadora” ou “fé salvífica”. Esta fé não nasce no homem, mas é dom de Deus (Ef 2:8). Através da Palavra de Deus(Rm 10:17), o Espírito Santo convence o homem do pecado, da morte e do juízo (João 16:8-11) e, deste modo, o homem crê e, mediante esta fé, é justificado (Rm 5:1), ou seja, posto numa posição de justo diante de Deus, o que lhe permite ter paz, isto é, comunhão com Deus, sendo vivificado em Cristo. Esta fé é a que concede salvação para o homem. Logo, não é bíblico orar pedindo fé. Ou o homem é nascido de novo e já recebeu a fé, ou não é nascido de novo, e não tem fé. Aquele que já tem, não precisa pedir; aquele que não tem, não adianta pedir – “... nós sabemos que Deus não ouve a pecadores...”(João 9:31). Segundo a Bíblia, a fé não vem pelo pedir, mas, pelo ouvir. Não adianta pedir porque não está escrito que a fé vem através da oração, ou pelo pedir, mas, sim “... pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus”(Rm 10:17). O que é bíblico é orar pelo crescimento da fé, como pediram os discípulos – “Disseram então os apóstolos ao Senhor: acrescenta-nos a fé”(Lc 17:5). Eles não disseram: “dá-nos fé”, mas, “acrescenta-nos a fé”. Acrescentar significa ajuntar alguma coisa à outra para torná-la maior.
A FÉ NATURAL. A Fé Natural é a chamada fé esperança, fé intelectual. Esta fé nasce com o homem, faz parte da natureza humana. É a fé que dá ao homem motivação para lutar, para progredir, para superar dificuldades. Quando o homem perde a fé natural, ele cai no desânimo, perde a vontade de viver, de lutar. É ela que faz com que o homem seja um ser religioso, faz com que ele creia sempre em algo, ou alguém superior a ele. Ouvindo falar de um Deus Criador, ele, com facilidade, crê na sua existência – “Tu crês que há um só Deus? Fazes bem...”(Tg 2:19), ou seja, nisto não há nada de excepcional. E Tiago acrescenta: “... também os demônios o crêem e estremecem”. Não ouvindo falar de um Deus Criador, então o homem inventa os seus próprios “deuses”. Ele sente necessidade de crer. Porém, este crer, mesmo que seja no Deus Verdadeiro, através da fé natural, não muda nada em sua vida.
A fé natural não leva o homem a Deus e nem trás Deus ao homem. A Fé Natural não pode se transformar em Fé Espiritual, ela só atua na esfera material. Ela não pode ajudar o homem a compreender e a adquirir os bens espirituais.
Dentre os exemplos de Fé Natural podemos citar a do agricultor, ou lavrador. Se o agricultor não tiver fé natural, ele não semeia, conforme afirmou Salomão – “Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará”(Ec 12:4). Isto significa que ele não pode ficar na dependência do tempo, se vai chover, se vai fazer sol! O tempo passa! Ele tem que acreditar, ter fé, lançar a semente, crer que haverá uma colheita abundante... e esperar! Mas, nada pode lhe garantir que haverá colheita. Uma praga, a falta ou excesso de chuva pode prejudicar, e até destruir toda colheita! Isto diferencia muita da Fé espiritual, que é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”(Hn 11:1). A fé espiritual só pode ser recebida como dom de Deus, através de sua Palavra. Isto acontece no momento da Conversão, ou do Novo Nascimento. Somente o homem nascido de novo possui a fé espiritual.
A FÉ ATIVA. É a confiança absoluta em alguém ou em algo. É precisamente este o significado em que se deve entender fé enquanto “fé ativa”. Esta fé é exercida diariamente pelo salvo, após ter aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador. Trata-se da atitude de confiança em Deus, de crédito à sua Palavra, às suas promessas. Somente podemos dizer que temos fé se dermos crédito à Palavra de Deus e dar crédito à Palavra de Deus é fazer o que Ele manda ali. Esta fé é o combustível que nos leva a caminhar em direção a Jerusalém celestial. É o elemento que nos faz superar todos os obstáculos e a enxergar as circunstâncias sob o prisma espiritual. Foi esta fé que fez com que os antigos vencessem todas as dificuldades, como nos mostra o escritor aos Hebreus no “capítulo da fé” (o capítulo 11 da epístola aos Hebreus). É esta fé que nos faz vencer o mundo (1João 5:4).
Portanto, todos os salvos têm Fé Salvadora e Fé Ativa, mas nem todos são contemplados com o Dom da Fé. Este Dom é dado, conforme a vontade do Espírito Santo, para o desenvolvimento e expansão do Reino de Deus, para que seu nome seja glorificado.
II. OS DONS DE CURAR
“E a outro, no mesmo Espírito, dons de curar” (1Co 12.9). Estes dons são conhecidos pela igreja para a cura das doenças do corpo, da alma e do espírito, dos crentes quanto dos incrédulos, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4:23-25;10:1; At 3:6-8;4:30). Nos primórdios da igreja, esta experiência era constante no ministério dos discípulos. O Espírito Santo concedeu-lhes os dons de poder, que confirmaram e fortaleceram a vida cristã.
Não devemos confundir os Dons de curar com o sinal de cura de enfermos, que se trata de uma operação divina feita para a confirmação da pregação do Evangelho. Os Dons de curar são repartidos pelo Espírito Santo especificamente a alguns, enquanto que, na operação de cura, Deus se manifesta para confirmar a Sua Palavra.
Observe a expressão bíblica: “dons de curar”. Por está no plural, não deixa dúvidas de que se trata de “dons especiais para casos específicos”; indica diferentes atitudes de curar enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus.
Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (1Co 12:11,30); todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Jesus disse: “curai os enfermos”(Mt 10:8). Havendo fé, os enfermos são curados. Muitas vezes a cura das enfermidades na Igreja é impedida por causa do pecado escondido, não confessado; é o que Tiago nos diz em Tiago 5:16: “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sarei”. Portanto, os crentes devem confessar seus pecados a Deus e a Igreja (quando esta for ofendida e escandalizada). O pecado na igreja estorva as orações dos crentes e impede a manifestação do poder sanador divino na congregação.
OS “DONS DE CURA” SÃO OPERADOS JUNTAMENTE COM A FÉ DO DOENTE?
Em certas ocasiões os doentes eram curados através da fé possuída pelo indivíduo que fazia a oração – veja o caso da cura do coxo no templo formosa; não houve nenhuma iniciativa de fé por parte do doente -, mas a fé por parte da pessoa aflita é importante e algumas vezes essencial. Veja uma situação que ocorreu com Paulo na cidade de Listra, por ocasião de sua primeira viagem missionária: “Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou” (At 14:9-10). Paulo estava exercendo o dom de cura, não obstante sua ordem para que o coxo levantasse foi dada depois de perceber que ele tinha fé para ser curado. Esse fato ocorrido com o apóstolo Paulo em Listra, nos ensina que a pregação da Palavra de Deus é uma forma de incutir fé nas pessoas que nos ouvem: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10:17).
Conforme Mateus 13:58, Cristo não curou todos os enfermos por causa da incredulidade do povo - “E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”. Desta feita, deduz-se que quem possui o Dom da cura não tem poder de curar a todos os enfermos; deve, portanto, ser dado lugar à vontade soberana de Deus e à atitude e condição espiritual do enfermo.
OS “DONS DE CURA” NÃO SÃO PROPRIEDADE DOS HOMENS
Os dons de curar manifestam-se como intervenção especial e direta de Deus em favor daquele que sofre, logo não são propriedades do ser humano. Eles são dados a Igreja para serem usados como instrumentos de trabalho na pregação do Evangelho. A cura está sujeita a vontade de Deus, bem como a manifestação dos dons de curar. É preciso ter o cuidado de não limitar o poder de Deus para operar conforme queira.
Infelizmente, “alguns pregadores usam os dons de curar para autopromover-se, não demonstrando nenhum respeito pelos que sofrem. Outros, fazendo comércio das coisas sagradas (At 8:17-21), esbulham as igrejas em campanhas que, de Deus, só têm o nome. Descompromissados e vaidosos, valem-se da simplicidade do povo e da omissão dos líderes, e, assim, vão ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e hipnóticas como se estivessem sendo usados pelo Espírito Santo”.
Tenhamos cuidado, pois atualmente existem muitos falsos milagreiros, como no passado; que fazem “milagres” como Janes e Jambres fizeram no Egito (cf Ex 7:11,12 – 2Tm 3:8,9). Cuidado com os milagres forjados – exemplo: a “santa” – imagem de escultura - que chorou, etc...).
O PROPÓSITO DOS “DONS DE CURA”
A cura tem sido uma das marcas identificadoras da pregação pentecostal ao redor do mundo. É algo destinado aos que crêem, é uma realidade atual e indispensável para que demonstremos a presença de Deus no meio da Igreja, para que o nome do Senhor seja glorificado, mas não devemos nos esquecer de que o propósito da cura divina não é a saúde física de alguém, mas, sim, a glorificação do nome do Senhor (At 4:21), a confirmação da palavra da pregação(Mc 16:20; 1Ts 1:5) e a comprovação da presença de Deus no meio do seu povo(At 10:38; 1Co 2:4,5). Por causa disso, nem sempre Jesus cura, pois a cura tem propósitos que não se confundem com a nossa vontade ou com os nossos caprichos. Por isso é importante sabermos o por quê alguém está doente, a fim de que compreendamos qual o propósito do Senhor nesta doença.
Portanto, aqueles que pregam a cura divina não podem esquecer que o maior milagre continua sendo o perdão dos pecados (Mc 2:10-12). Além disso, é bom saber que nem todos são curados. Há exemplo na Bíblia em que apenas uma pessoa, em meio a uma multidão, recebe essa dádiva, como é o caso do paralítico do tanque de Betesta(João 5:1-8). Isso porque a cura é um ato eminentemente divino e Deus cura a quem e quando lhe apraz.
A FÉ DO HOMEM É UMA CONDIÇÃO RELATIVA, NÃO ABSOLUTA PARA O RECEBIMENTO DA CURA DIVINA.
A fé, seja daquele que vai ser curado ou daquele que intercede por um outro, é a única condição para que a cura seja efetivada (Mt 9:22; At 3:6). Entretanto, a fé do homem é uma condição relativa, não absoluta para o recebimento da cura divina. Há momentos que a resposta de Deus, em relação à cura, é negativa, e, quando isso acontece, devemos aprender a lidar com a soberania divina. Mesmo homens de fé, como Moisés e Paulo, deixaram de ter suas orações atendidas (Dt 3:26; 2Co 12:8,9). Deus as ouviu, mas, no caso específico de Paulo, por motivos que estão além da compreensão humana, disse-lhe que sua graça seria suficiente. Paulo fora usado por Deus para que muitas pessoas fossem curadas, no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma enfermidade estomacal, recomenda-lhe a ingestão de um pouco de vinho (1Tm 5:23). Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de Paulo a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do mesmo modo, não podemos pensar que a busca do auxílio médico seja pecado, devido ao exemplo de Asa (2Cr 16:12) - Asa fora reprovado, nesse sentido, porque preferiu depositar sua confiança nos médicos, e não no Senhor. Há bons médicos que podem atuar como instrumentos de Deus para a obtenção da cura das doenças. A esse respeito disse Jesus: “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mt 9:12).
IMPEDIMENTOS À CURA
Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como: (1) pecado não confessado (Tg 5:16); (2) opressão ou domínio demoníaco(Lc 13:11-13); (3) insucessos no passado que debilitam a fé hoje(Mc 5:26; João 5:5-7); (4) o povo(Mc 10:48); (5) ensino antibíblico(Mc 3:1-5;7:13); (6) descuido da igreja em buscar e receber os dons de operações de milagres e de curas, segundo a provisão divina(At 4:29,30; 6:8;8:5,6; 1Co 12:9,10,29-31; Hb2:3,4); (7) incredulidade(Mc 6:3-6; 9:19,23,24); e (8) irreverência com as coisas santas do Senhor(1Co 11:29,30).
Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados(por exemplo Fl 4:13,14; 1Tm 5:23; 2Tm4:20).
III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
“e a outro, a operação de maravilhas” (1Co 12:10). O que são Sinais e Maravilhas? São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder de Deus. São fatos que fogem à explicação das leis naturais (exemplos: Moisés e o mar vermelho; Jesus acalmando a tempestade(Lc 8:24); a ressurreição de Lázaro). São ocorrências difíceis de explicar, que aparentemente contradizem a ordem natural das coisas. Por isso, os sinais e maravilhas são uma demonstração de que Deus criou o mundo, não se confunde com a sua criação e, além disso, participa desta criação, fazendo intervenções que modificam as leis por Ele mesmo estabelecidas, quando isto é da sua vontade e atende aos seus sublimes propósitos. Em fim, através deste dom Deus opera:
Algo sobrenatural (2Rs 4:1-7); Algo que vai contra todas as leis da natureza (2Rs 4:32-37); Algo que vai contra as leis da química e da física (2Rs 6:1-7); Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano (capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal - Josué 10:12-13).
Mais exemplos de operações de maravilhas: a vara de Moisés transformada (Ex 4:1-5); o azeite da viúva (1Rs 17:13-16); a transformação da água em vinho (João 2:7-11); ressurreição de Lázaro (João 11.39-44); a multiplicação dos pães(Mt 14:19-21). A ressurreição é um exemplo poderoso de maravilha, não se trata de cura, pois o corpo já está morto. O expelir demônios também é um exemplo de maravilha. Ver ainda Atos 8:6,13. A Bíblia ressalta que, pelas mãos de Paulo, maravilhas extraordinárias eram realizadas (Atos 19:11).
Existe uma diferença entre os dons de curar e o dom de operação de maravilhas. Enquanto o primeiro estará sempre relacionado com o restabelecimento da saúde, o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo, a perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.
OBJETIVOS DO MILAGRE
Glorificar o nome de Jesus. Na luta diária contra as hostes espirituais da maldade (Ef 6:12), contra as portas do inferno (Mt 16:18), a Igreja não pode apenas viver dos registros constantes das Escrituras, mas tem de sentir a glorificação presente e atual de Jesus através da operação de poder pelo Espírito Santo, que foi derramado sobre a Igreja, entre outras coisas, precisamente para glorificar o nome de Jesus (João 16:14). Uma das formas de glorificação é a realização de sinais e maravilhas, quando o Pai é glorificado no Filho (João 14:13,14).
Autenticar a mensagem de Cristo. Após sua ressurreição e subida aos Céus, seus discípulos deram prosseguimento à proclamação do Reino de Deus e, sem dúvida, os milagres tiveram uma participação ativa nessa proclamação. Marcos, ao fim do seu Evangelho, conta que quando os discípulos pregavam, o Senhor cooperava com eles realizando milagres e dando validade à pregação, pois o poder de Deus era demonstrado junto com as palavras - “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”(Mc 16:20). Lucas, narrando a história dos Atos dos Apóstolos, diz que os discípulos “detiveram-se, pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios”(At 14:3).
O CUIDADO COM A SUPERVALORIZAÇÃO DOS MILAGRES
Conquanto Deus realize sinais e maravilhas através do seu povo santo, os mesmos não devem nortear a vida do crente. Sinais e maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumentalidade humana para esse fim, mas isso não significa que eles são o indicativo para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas que se colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude na vida se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam aprender a crer que os milagres são parte do Evangelho, mas que a Palavra de Deus é que deve nortear a vida do crente. Os sinais seguem aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os que crêem seguem os milagres(Revista Ensinador Cristão – nº 45 – p.38).
CONCLUSÃO
Jesus quer continuar a confirmar a sua obra por meio de nós através dos dons espirituais de poder. Afinal, o cristão autêntico acredita na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais (Mc 16:17-20). Estes dons não cessaram, continuam disponíveis à Igreja, pois a pregação do Evangelho só vai cessar quando o Senhor Jesus voltar. Basta que nos coloquemos diante do altar do Senhor, ou seja, apresentemos nosso corpo “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”; apresentemos uma vida de consagração a Deus, uma vida de santificação. O Senhor nosso Deus usa vasos limpos, ou purificados pelo sangue de Cristo, vasos que não estejam em conformidade com o mundo. Coloque-se na presença do Senhor e deixe que o Espírito de Deus o use. Amém!
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Fonte: Blog do Luciano de Paula Lourenço
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista.
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Novo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Revista Ensinador Cristão – nº 46.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva – Wayne Grudem.
Antonio Gilberto – A doutrina do Espírito Santo – Teologia Sistemática.
Caramuru Afonso Francisco - a promessa da cura divina.
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